Termo recorrente no Brasil e no mundo, você sabe realmente o que é uma startup? Etimologicamente falando, o termo startup é sinônimo de começar algo. Mas pensando historicamente, a palavra começou a ser utilizada entre 1996 e 2001, quando houve uma crise das empresas “pontocom”. Na época, startup era o nome dado a um grupo de pessoas que trabalhavam em prol de uma ideia diferente, a fim de gerar lucros. Não tão diferente do que conhecemos hoje, né?
Frequentemente as pessoas associam esse modelo de negócio a algo jovem e despojado, e não está errado. No entanto, não é só isso que a caracteriza, é necessário levar em consideração que uma startup é um modelo de negócio inovador, escalável, repetível, tecnológico e que se arrisca em um cenário de incertezas.
Ainda está confuso? A gente explica o que significa tudo isso, dá uma olhada!
3 pontos para entender o que é uma startup
1) Modelo de negócios e cenário de incertezas
A primeira coisa que devemos pensar é que o modelo de negócios não é aquele tradicional que conhecemos. Na verdade, o modelo de negócios de uma startup está focado no valor e rentabilidade, ou seja, como solucionar a dor do cliente de forma lucrativa.
Para isso, é necessário análise e imersão em um cenário de incertezas, pois é dali que surge algo inovador. Vale lembrar que nem sempre a solução é criar algo do zero, às vezes o caminho é adaptar algo já existente e aplicá-lo em outra área.
2) Repetível e escalável
Esses fatores são de extrema importância para uma startup, visto que é a partir daí que o negócio se torna sustentável e, consequentemente, rentável. Na prática, ser repetível e escalável significa que o serviço oferecido é entregue, da mesma forma e em escala ilimitada, para muitos clientes. No entanto, apesar do crescimento constante, não há influência nos custos, logo, o modelo de negócios não passa por alterações.
Resumindo, ser repetível e escalável é entregar o mesmo produto ou serviço repetidamente a um grande número de clientes. Por exemplo, imagina a seguinte situação: um grupo de pessoas precisa se locomover e um outro grupo tem a possibilidade de levar essas pessoas para onde elas precisam. Estamos falando de aplicativos de transporte particular, como Uber e 99. Neste caso, todos os usuários e todos os motoristas utilizam o app da mesma maneira, o que a torna repetível. Da mesma forma, por se tratar de locomoção, o serviço se torna extremamente utilitário, logo, é escalável.
3) Tecnológica e econômica
É verdade que não existe uma regra de que “toda startup está relacionada a algo tecnológico”. No entanto, por se tratar de uma empresa que se dispõe a inovar e satisfazer as necessidades do mercado, a tecnologia vai fazer parte do negócio.
Além disso, mais cedo ou mais tarde os empreendedores vão precisar das ferramentas tecnológicas, seja para divulgação e crescimento da empresa, como também para buscar formas de financiamento. Inclusive, as startups também são conhecidas por terem baixos custos, quando comparado aos lucros.
A ideia é manter os gastos baixos e obter lucro e benefícios de forma mais rápida. É só pensarmos em empresas como Apple, Amazon e Google que começaram nas casas ou garagens de seus fundadores e se tornaram o que conhecemos hoje.
Tipos de startups
Um estudo feito pela Associação Brasileira de Startups mostrou que entre 2015 e 2019, o número de startups no Brasil teve aumento de 207%, passando de 4.151 para 12.727. Essas empresas, por sua vez, se dividem de várias formas, como por tipo de negócio e também nichos onde atuam. No primeiro caso, os tipos de negócios, nós temos os seguintes cenários:
B2B – Business to Business: esse tipo de startup, que pode ser traduzida como negócios para negócios, atende outras empresas, e não necessariamente o consumidor final. Por exemplo, o 99 corporativo, que presta serviço de transporte para empresas.
B2C – Business to Consumer: são as startups que prestam serviço ao consumidor final, por isso se traduz como negócios para consumidores. O Airbnb, que conecta hóspedes e anfitriões, configura bem esse tipo de negócio.
B2B2C – Business to Business to Consumer: o modelo de negócios para empresas para consumidores é utilizado quando uma empresa negocia com outra empresa, visando chegar ao consumidor final. Quer um exemplo? O Uber Eats faz parceria com outras empresas, como restaurantes e mercados, para ajudar na venda de bebidas, alimentos e afins ao cliente final.
Como citado, além do tipo de negócio, tem também o nicho de atuação, que nada mais é que a área de segmento da startup. Neste aspecto, o que não falta é criatividade e nomenclaturas, mas digamos que as mais comuns são as FinTech, que atuam na parte de finanças, Health Tech, voltadas à saúde, e LawTech, que prestam serviços no direito.
Exemplos de startups que fizeram sucesso
A história do Google e da Netflix exemplificam bem como essas empresas começaram com pouco dinheiro e muita incerteza, e se transformaram nas gigantes que são hoje. Além destes, que já são clichês, temos também:
Quinto Andar: voltada ao aluguel de imóveis, a startup foi fundada em 2012 e seu maior diferencial é simplificar a locação de imóveis para o proprietário e também para quem busca.
EBanx: líder em pagamentos internacionais no Brasil, a empresa surgiu em 2012 e oferece soluções de pagamentos entre empresas internacionais e consumidores latino-americanos.
Ifood: fundada em 2011, a plataforma de delivery de comida é conhecida de grande parte dos brasileiros e faz parte do nicho de FoodTech.
E a Siriguela, é uma startup?
A Siriguela Ventures é um laboratório de startups que trabalha em prol de ideias disruptivas para o mercado. O intuito é desenvolver soluções que mudam a maneira como as pessoas lidam com diversas situações do cotidiano.
Por isso, a Siriguela atua em diversos segmentos, como LawTech, Health Tech, FinTech e SaaS, buscando sempre fazer a diferença através de empreendimentos inovadores, como mostramos a seguir:
Health Protection
Visando a democratização do acesso aos nutracêuticos, o Health Protection utiliza inteligência artificial para sugerir tratamentos adequados e personalizados aos clientes. A plataforma conta com base científica completa para consultorias e comercializa marcas de produtos próprios e de terceiros.
DeclareFacil
Com interface inovadora e intuitiva, o DeclareFacil oferece duas soluções que foram pensadas por usuários para simplificar a vida do contribuinte: um app que emite o DARF para profissionais autônomos, liberais, proprietários de imóveis e investidores, e também uma plataforma para declaração do Imposto de Renda Pessoa Física.
ProcesseAqui.com
Com o intuito de desburocratizar, o ProcesseAqui.com oferece serviços jurídicos para consumidores que têm os direitos lesados. Através da plataforma é possível iniciar um processo judicial sem sair de casa e sem custo inicial, rápido e fácil.
Scaleforce
Atuando como um executor local, o ScaleForce implementa negócios no mercado latino-americano através de uma estrutura comprovada de sucesso. Para isso, são feitas pesquisas e análises de mercado, a fim de identificar possíveis barreiras culturais e mercadológicas. Assim, é possível encontrar soluções e caminhos para o negócios, além mudar o atual cenário em que diversas oportunidades rentáveis são deixadas de lado.
Agora deu para entender o que é uma startup, né? Esse universo complexo e instigante é o que nos motiva. Quer fazer parte? Fale com a gente!